quarta-feira, 6 de julho de 2016

Mulheres Maravilhosas da telinha e do telão

Esse marcador vai homenagear personagens femininos de filmes do telão e da telinha, sejam elas baseadas em gente de carne e osso ou pura ficção.

A primeira da série, Seymour Fleming/Lady Worsley, é interpretada por Natalie Dormer na produção da BBC 2, The Scandalous Lady W. 

Na lei do século 18, as mulheres eram propriedade de seus maridos, e qualquer homem que "danificasse" essa propriedade poderia ser processado no tribunal.
Conheçam a história de um mulher que ousou libertar-se e lutar por sua independência, mesmo tendo que revelar tudo a que submeteu-se para agradar e ser aceita por seu "dono".
Mais que um escândalo sexual, uma história de superação e rebeldia.

Vale a pena assistir ao filme e ler mais a respeito da vida de Lady W, ou Seymour Fleming, seu nome de solteira e que ela quis preservar.

A verdadeira história de Lady Worsley





Quadro pintado por Joshua Reynolds, onde Lady W veste um traje de montaria adaptado do uniforme do regimento de seu marido e que encontra-se na Harewwod House/England, e ao lado, Natalie Dormer usa uma reprodução dele confeccionada para o filme.




Seymour e seu amor, o Capitão George Bisset, com que fugiu esperando conseguir o divórcio de seu marido, Sir Richard Worsley.










A beleza e a garra de uma mulher que lutou por sua liberdade e idependência, numa época em que isso era praticamente impossível de ser obtido.



TRAILER - BBC Two



terça-feira, 5 de julho de 2016

O que fazer enquanto GOT não retorna













Essa postagem é, principalmente, dirigida a fãs de carteirinha de Game of Thrones.
E já vou avisando que tem SPOILERS, para quem pretende assistir ou está ainda nas primeiras temporadas.

Já que agora teremos um longo hiato de Game of Thrones, decidi rever a série desde seu primeiro episódio e reler alguns dos livros, dá pra matar a saudade e relembrar situações um tanto esmaecidas. Estou seguindo uma rotina: leio as páginas do livro relacionadas com determinado episódio e depois assisto a ele. Assim fiz com o primeiro episódio, que inicia e termina de forma bombástica, o que deve ter conquistado imediatamente milhares de interessados na história. As primeiras cento e poucas páginas de A Guerra dos Tronos/Livro Um retratam quase que fielmente o que vemos nas imagens da série (há pequenas diferenças que alguns notarão, por exemplo, no livro Bran tem 7 anos e na série, 10).

Dá uma certa tristeza observar a vida harmoniosa e feliz que os Stark tinham em Winterfell e saber que a família seria praticamente aniquilada em momentos de muita amargura e dor. Ver Theon Greyjoy como um jovem agregado deles, ainda portando um bilau e sua dignidade. Enxergar Daenerys como uma jovem inocente e abusada pela tirania de seu irmão Viserys (que era lindo mas muito mau), sem seus dragões e saber o quanto ela vai evoluir, tornado-se poderosa. E recordar o quanto Jaime e Cersei eram cruéis e por isso não ter nem um pingo de piedade por seus futuros sofrimentos, principalmente os da Rainha traiçoeira e egoísta. E chorar pela ruína de Bran, o que no entanto o levará a ser espiritualmente abençoado por um poder especial.

Praticamente, todos os personagens deste primeiro episódio estão mortos. Os que permanecem vivos, atravessaram muitas mudanças e transformaram-se drasticamente. E é nisso que a ficção espelha a realidade - ou a realidade inspira a ficção? Não temos a habilidade de imaginar nosso futuro, por mais que tentemos racionalizar, qualquer coisa pode acontecer que mude totalmente nossa trajetória. E tanto os "bons" quanto os "maus" podem ser castigados ou premiados, só entenderemos isso se olharmos os fatos de uma maneira global, não apenas as partes, mas o Todo. E a imortal luta entre o Bem e o Mal existe tanto no mundo real e no mundo criado pela imaginação humana, não terminará nunca porque é através dela que acontecem as alterações e elimina-se a estagnação.