segunda-feira, 21 de agosto de 2023

BARBIE, o Filme (parte 2 sobre o Cine Victoria)



Na Parte 1, comentei sobre o Cine Vitória, que foi onde assistir ao filme, já que está sendo reinaugurado e é interessante que o público de Porto Alegre conheça essa novidade e elegância do espaço.

Já tinha lido muita coisa sobre Barbie, mas com várias opiniões, divergentes.
Em primeiro lugar: não é um filme para o público infantil, apesar do colorido e dos brinquedos que levam a pensar que é uma história para crianças. Durante uma sessão, vi duas mãescom crianças saindo da sala no meio do filme. Certamente os pequenos devem estar achando o filme chato por não entender os diálogos.
A trama é conscientizadora do início ao fim, não dá descanso por um minuto, é uma reflexão em cima da outra. Já nas cenas iniciais, tive um insight: porque eu não gosto de bonecas quando criança? Porque eles eram bebês e suas "donas" tinham que cuidar delas como mães e donas-de-casa, o que envolvia "brincar de casinha" e panelinhas. Desde cedo, dizia que não queria ter filhos e casar. Queria ser escritora e astronoma. Quando a Barbie surgiu, os bebês e panelinhas foram chutados! Barbie mostrou às meninas que as mulheres poderiam ser o que queriam ser, muito além da vida doméstica.
O visual dela veio de um desenho alemão onde um personagem tinha curvas, seios, costas, sensualidade. Foi a primeira boneca mulher, adulta. E foi e ainda é criticado por ser frívola. Até que ela sai da Barbielândia e entra no mundo real, descobre a dor, as lágrimas, a celulite, os "pés chatos". Ken também é atingido pelo mundo real e quer ter uma identidade, mas que é apenas o par da Barbie. Inicia-se uma revolução que envolve também uma garota e sua mãe (a cena em que essa mãe coloca pra fora o seu despertar, pra mim, é uma das melhores falas do filme). É uma trama que os adolescentes podem se identificar.
Pra não tirar as surpresas da história, fico por aqui. Vá preparado(o) para refletir, mas também divertir-se, as questões são tratadas de forma leve, há música, dança, humor e muito cor.
Claro que a Mattel espera vender muitas Barbies com ajuda desse filme, no fundo, tudo resume-se à busca do lucro. E, atualmente, quem deseja e compra mesmo são os adultos.
                           



                                        
                                             A criadora da Barbie, RUTH HANDLER (1959)


                                           




Cine Victoria reinaugurado em PoA/RS

 


Ansiosa
pra assistir ao filme da Barbie e do Ken, mas aguardava a reabertura do CINE VICTORIA, um "cinema de rua" no Centro Histórico de Porto Alegre. E, principalmente, com cópia legendada. Finalmente, fui nessa quinta-feira. O local é o mesmo onde existe o Cinema Victoria original, majestoso, com mezanino e oferecendo sempre os lançamentos mundiais que reuniram melhorado para assisti-los. No Centro da cidade, só rivalizava com o Cinema Cacique, também de aparência grandiosa.

Há alguns anos foi construída uma sala de forma bem menor, dentro de uma galeria, na Avenida Borges de Medeiros esquina com a Andrade Neves. Acabou fechando suas portas e agora o espaço foi reformado e reinaugurado pela Cult Cinemas trazendo o filme Barbie para a estreia. Espero que o prestígio público para que ele mantenha-se aberto e funcione a todo vapor. Não gosto de cinemas de compras e além disso este fica perto da minha casa, finge ser freguesa.
Quero comentar o filme, mas o texto sobre a Victoria alongou-se, então escreverei a parte 2.
Pra saber mais: @cultvictoria (no Instagram).











Acabei de assinar o DISNEY+ (já assinava o STAR+ e valeu a pena ter o COMBO pelo pequeno valor adicionado). Pra quem acha que esse streaming é pra criança, tá engando. Ou eu que sou uma "criança grande", pois amei...

Aí reencontro o primeiro filme assustador que vi na infância (achava que tinha sido Drácula) e assisti novamente, lembrando de tudo, fazendo uma bela viagem ao passado. Era bem apavorante, principalmente na parte final, quando aparece Banshee, a Mensageira daMorte e nos céus o carro funebre que a vinha resgatou os mortos. Embora os efeitos especiais sejam toscos, se comparados com os de hoje, na época eram bem assustadores. Por muito tempo fiquei com medo de que o tal coche negro guiado por um fantasma viesse me buscar...

Bem sei que atualmente as crianças de 7 anos já são pouco ou nada inocentes, mas nos anos 50 tiveram estímulos tecnológicos mínimos, nem a televisão ainda assistiríamos.
A história se baseia no folclore irlandês, onde Darby O'Gill, um velho cheio de energia, contava histórias sobre os duendes governados pelo rei Brian. Na verdade, o contato era real e ele pretendia obter os 3 desejos que o rei poderia conceder.
Também foram lançados os quadrinhos do filme, mas apenas nos EUA, aqui teve uma versão brasileira só nos anos 70. E pelas imagens, dá para ver que SEAN CONNERY, a galã da trama, era lindo, perfeito e até cantava!

DARBY O'GILL E AS PEQUENAS PESSOAS/WALT DISNEY (1959)







terça-feira, 27 de setembro de 2022

Dahmer: um canibal americano

"Serial killers" é um tema que causa dupla sensação nas pessoas: repulsa, e ao mesmo tempo, atração.

Ficamos horrorizados, mas também hipnotizados pela crueldade das mortes, não querendo acreditar no que nossos olhos enxergam: pode o ser humano ser tão bestial e não conseguirmos distinguir essa bestialidade à primeira vista?

Acabei de assistir à série com 10 episódios - DAHMER: UM CANIBAL AMERICANO, que além de mostrar a trajetória desse assassino, mantém o foco no racismo gritante e na péssima atuação policial, que permitiram que tais crimes ocorrressem por tanto tempo sem que Dahmer fosse freado.

Como dele muito já sabemos, o olhar sobre as famílias das vítimas e a vizinha que o denunciou várias vezes  sem resultado positivo, é um diferencial dessa minissérie a ser apreciado.

Niecy Nash interpreta Glenda Cleveland, a vizinha preta que não teve sua voz ouvida, apesar das várias denúncias, ignoradas pelos policiais brancos. Como de costume, rola a questão opressores x oprimidos, desde a escolha de Dahmer em morar num bairro pobre e com alto índice de residentes pretos e imigrantres, cujos desaparecimentos não teriam - e não tiveram - a devida importância e investigação. Se ele tivesse matado mais gente branca, existiria essa ausência de relevância? Me interessei mais por esse aspecto tratado na série, pois ver as atrocidade praticadas por Dahmer são angustiantes, e não conseguimos definir: a pessoa é cruel ou doente mental? Já li que ele foi diagnosticado com vários transtornos, mas muita gente que os possui não chega a cometer atos insanos como os dele.

Brilhante a interpretação de Evan Peters, já bem conhecido por vários personagens em American Horror Story - não sei se vou conseguir deixar de encará-lo como Dahmer a partir dessa atuação, ela é marcante demais.

E o mais nojento de tudo é saber que tais criminosos possuem fãs, no sentido de admirá-los. Doentio.





sábado, 26 de outubro de 2019

Sanditon

Estava assistindo à Sanditon, minissérie de 8 capítulos baseada no livro incompleto de Jane Austen, ela faleceu antes de terminá-lo, escreveu 11 ou 12 capítulos, segundo uns e outros.
Não sou uma fã fanática de séries de época, mas essa me fisgou, principalmente porque tem a presença do Theo James, além de ser uma atraente narrativa, fotografia linda em cenários esplêndidos, um elenco talentoso, até chegar no episódio final.
Aí odiei, não posso contar o motivo, é claro, mas simplesmente detestei. Salientando-se que não foi a Austen que o escreveu.
Mas fora essa minha derradeira opinião, vale a pena assistir, muitos podem achar que o final os agradou. Gosto não se discute, né?

Porém, passados alguns dias da minha decepção, li que haverá uma segunda temporada!
Well, aí acabou o meu desgosto e já estou ansiosamente aguardando o seguimento da história, além da expectativa de curtir mais um pouco a beleza sexy do Theo James... 🙌


RETORNANDO: após 3 anos de ausência deste blog, voltando! 
SANDITON terminou tristemente sua primeira temporada, pelo menos para mim, que gostava do casal central da trama. Foi criada uma segunda, lançada em março de 2022 e já no início ficamos sabendo que o personagem de Theo James morreu! O motivo foi que o ator não quis continuar atuando na série, então resolveram matá-lo e seguir adiante a história da personagem feminina.
Adeus, Sanditon, sem Theo James e seu personagem carismático, não tenho mais interesse em acompanhar essa jornada. Bye-bye!

Zomboat

Quando a gente acha que já viu todos os filmes e séries sobre zumbis/morto-vivos e o tema esgotou, surge Zomboat!
Uma nova luz sobre os caminhantes? Só conferindo pra saber.
Dica: é cômico e cheio de referências.

Produção da plataforma HULU, eis a trama, em resumo:

"A trama acompanha o início de um ataque de zumbis na cidade britânica de Birmingham. As irmãs Kat e Jo, juntas dos improváveis ​​companheiros de viagem Sunny e Amar, fogem para salvar suas vidas em um barco. Enquanto viajam ao longo do canal em seus alojamentos bem fechados, as amizades se desenvolvem, as alianças se formam e o romance floresce. Ao longo do caminho, eles percebem que não há como escapar dos problemas da vida cotidiana, mesmo em um apocalipse zumbi. Bem como não podem fugir de exterminar muitos mortos-vivos pela sua sobrevivência. "


Catarina, a Grande

Uma mulher poderosa, tendo que governar um país enorme e defender-se de rivais querendo sua posição, inclusive seu filho.
Síntese da história de Catarina, a Grande, Catarina II da Rússia, que na verdade era uma princesa alemã chamada Sofia Augusta que casou com Pedro III.
Ela organizou um Golpe que o tirou do trono, sendo que logo depois ele morreu assassinado.
Seu reinado revitalizou a Rússia, que cresceu e modernizou-se, ficando estabelecida como uma das maiores potências europeias.
Catarina também ficou conhecida pelos "escândalos" na sua vida privada, tendo vários amantes que colocava atuando em seu governo e quando perdia a paixão por eles, mandava-os para longe para viver em propriedades luxuosas e com muito dinheiro, sendo extremamente generosa com seus ex-amores.

Isso e muito mais pode ser visto na minissérie de apenas 4 episódios da HBO. Catarina é vivida por Helen Mirren, um dos motivos que me levou a assistir à produção.
Ela também é produtora executiva da minissérie, poderosa, não?